Palestras e atividades no hospital trazem informação e atentam para a necessidade de humanização do atendimento ao paciente e seu familiar.
Na Semana Mundial de Cuidados Paliativos, o Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) contará com atividades que reforçam a necessidade a importância dos cuidados paliativos na rotina de uma unidade de saúde. Os médicos paliativistas Amanda Vitoy e Igor Cabral ministram duas palestras na tarde de quinta-feira, 14, para falar aos profissionais de saúde do Hugo sobre o planejamento de cuidados ao paciente e os cuidados interdisciplinares no fim de vida.
O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado em 9 de outubro, tem como tema em 2021 “Não deixe ninguém para trás – equidade no acesso aos cuidados paliativos”. A médica paliativista Amanda Vitoy explica que a data é comemorada todo ano no segundo sábado do mês de outubro. “A intenção é que haja um acesso equitativo de abordagem dos cuidados paliativos até 2030”, afirma Amanda.
As palestras de quinta-feira no auditório do hospital, voltadas para os profissionais de saúde do Hugo, têm limitação de público de até 30 pessoas inscritas, limitação para atender protocolos de segurança na pandemia da Covid-19. Às 14 horas, Igor Cabral falará sobre o planejamento de cuidados ao paciente em cuidados paliativos. Em seguida, às 15 horas, Amanda trata dos cuidados interdisciplinares no fim de vida.
“Além das palestras, teremos uma aula sobre cuidados paliativos, banner na recepção com informações sobre cuidados paliativos, a árvore da recepção social decorada com balões roxos. São ações para divulgar, trazer o conceito correto de cuidados paliativos e lembrar da data alusiva ao Dia Mundial de Cuidados Paliativos.”
Cores da ação
Sobre as cores utilizadas nas ações, a médica paliativista afirma que o violeta remete a espiritualidade e o azul simboliza tranquilidade, serenidade e harmonia. A assistente social Joscineia Alves de Oliveira lembra que as borboletas usadas na árvore da recepção social do Hugo dão um exemplo de que “a vida não se mede só em tempo, mas em intensidade e qualidade”.
Caroline Marinho de Araújo, coordenadora de enfermagem das unidades de terapia intensiva (UTIs) 3 e 4 do Hugo, descreve a importância de tornar mais conhecidos os cuidados paliativos, “ainda pouco conhecidos pelos familiares e até mesmo por alguns profissionais de saúde”.
O que são cuidados paliativos?
De acordo com a médica Amanda Vitoy, cuidados paliativos são uma abordagem interdisciplinar, que inclui médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, nutricionista e outros profissionais de saúde, que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameaçam a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento físico, psíquico, social e espiritual.
“São várias doenças que ameaçam a vida: oncológicas, demências, cardiopatias, nefropatias e pneumopatias. A principal demanda do Hugo são as lesões neurológicas agudas, como trauma cranioencefálico, politrauma e acidente vascular encefálico”, descreve a médica.