Junho foi um mês de Treinamento Macro de Hipodermóclise para a equipe de enfermagem do Hospital Espanhol. Foram oito turmas com uma média de 35 participantes em cada, ao longo de todo o mês. Todas treinadas pela enfermeira de cuidados paliativos do HE, Paloma Passos.
Hipodermóclise é a administração lenta de soluções no espaço subcutâneo, sendo o fluido transferido para a circulação sanguínea. É muito utilizada para pacientes em fase terminal de vida que já apresenta dificuldades de puncionamento de veias e deglutição para ingestão de medicamentos via oral.
“A gente tem precisado cuidar de muitas pessoas neste momento de vida, aqui no Hospital Espanhol. Onde a fragilidade capilar existe, onde o sofrimento existe e não tem mais como puncionar o acesso central ou periférico. Então tratamos adequadamente a dor, falta de ar, náusea, administração de antibióticos e outras condições também, para minimizar o sofrimento destas pessoas” – explicou a enfermeira paliativista Paloma Passos.
Por isso, a utilização do recurso do acesso de hipodermóclise é tão importante para paciente em fase terminal. Além de ser um procedimento simples e de manutenção fácil por parte da equipe. “Quando estamos em fim de vida, não queremos nada que nos gere mais sofrimento ainda” – enfatiza Paloma Passos.
Minimizar o sofrimento de pacientes terminais é o que fazem os profissionais de saúde da área de cuidados paliativos: cuidam do corpo, buscam compreender e acolher as emoções, na tentativa de uma partida menos sofrida, visando o descanso em paz. Que assim seja!
A pandemia tem sido uma escola de vida para a população mundial. E para os profissionais de saúde, esta escola é mais intensa e essencial para a sobrevivência dos infectados e adoecidos de Covid. A equipe do Hospital Espanhol não mede esforços para aperfeiçoar os processos de tratamento dos seus pacientes internados, ao longo dos seus mais de dois anos de funcionamento como o maior Centro de Tratamento para a Covid na Bahia.
Fotos: Divulgação INTS