As Unidades de Pronto Atendimento – UPAs de Caucaia, geridas pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde, INTS, capacitam os seus profissionais para atendimento de pacientes vítimas de AVC. Entre os dias 14 e 17 de novembro, as equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem receberam treinamento.
A capacitação trouxe abordagens sobre os sinais e sintomas do AVC e qual a conduta clínica deve ser adotada em casos suspeitos. “O foco do treinamento está em capacitar os profissionais para identificar pacientes de AVC de forma rápida e precoce, além de padronizar o atendimento desses pacientes, conforme as evidências científicas, até sua regulação”, disse Bárbara Lélis, gestora da UPA do Centro.
Com o treinamento, os profissionais das UPAs dos bairros Jurema e Centro passam a adotar um novo protocolo com definição de fluxos para o serviço. Uma das medidas é que a equipe possa atender, da melhor forma e no tempo mais rápido possível. “Existe um período denominado de janela terapêutica, onde as evidências científicas demonstraram melhor resposta aos procedimentos realizados pela equipe da neurologia no intervalo do déficit neurológico-súbito até 6 horas após os sintomas. Por este motivo uma detecção precoce e um fluxo rápido de atendimento são tão importantes no manejo dessa doença”, explica o diretor médico da UPA Centro, Roberto Mendes.
A qualificação faz parte do projeto de melhoria à assistência do paciente implantado pelo INTS, que desde janeiro assumiu a gestão das UPAs de Caucaia. “O protocolo formaliza a utilização de escores de estratificação de risco e normatiza o fluxo de atendimento desses pacientes, desde a entrada no serviço até sua transferência para o Centro de Referência”, destaca o diretor médico da UPA Centro, Roberto Mendes
As UPAs de Caucaia funcionam 24h e prestam atendimento adulto e pediátrico oferecendo assistência de urgência e emergência, realizando exames de imagem, e laboratoriais. Contam também com leitos de observação, de isolamento e salas de urgência e emergência.
Sobre o AVC
O AVC acontece quando ocorre uma interrupção súbita do fluxo sanguíneo no cérebro. A suspeita deve iniciar quando uma pessoa, de forma súbita, apresenta um déficit neurológico, como dificuldade para falar, perda de força e sensibilidade nos membros, dificuldade para caminhar, dentre outros. De acordo com o diretor médico da UPA, Roberto Mendes, a avaliação clínica deve ser criteriosa. “Uma interrupção repentina do fluxo de sangue pode causar sofrimento e até morte da área afetada, comprometendo a função neurológica. Portanto, a apresentação do quadro clínico de um paciente com AVC é ampla, a depender da região do cérebro que foi afetada”, finaliza.