Uma ampla atividade de sensibilização sobre um método estimulado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, como política de atenção humanizada aos recém-nascidos de baixo peso. Esse é o objetivo da Sensibilização sobre o Método Canguru, realizado na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN), contando com as profissionais de referência em Sergipe e, inclusive, com a participação virtual da consultora do Ministério da Saúde, responsável pelo estado de Sergipe, Sandra Vogler, dentre outras especialistas da área.
Para a diretora geral da MMLN, Rita de Cássia Leal, esta é uma ação histórica reunindo todo o corpo funcional para conhecer e debater sobre um dos métodos marcantes no conceito de atenção humanizada de uma maternidade. “Desde o projeto arquitetônico, esta é uma unidade pensada para oferecer acolhimento e humanização. Nosso conceito multidisciplinar, a lógica de funcionamento da UTI neonatal, da Ucinco e da Ucinca, já mostram que essa é a vocação. Hoje é um dia que ficará marcado na história, pois, reunimos as profissionais referência em Sergipe com nosso corpo funcional para aperfeiçoar a aplicação desse método transformador, que é o “Canguru”. Certamente o desempenho dos profissionais será impactado positivamente”, destaca a diretora.
Já a consultora Sandra Vogler, participando via internet, destacou que é gratificante ver Sergipe ampliar a sua rede assistencial oferecendo o método Canguru, no caso da Maternidade Lourdes Nogueira, desde o início do seu funcionamento. “Esse é um método efetivo, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e incluído nas boas práticas de humanização, com resultados extremamente positivos. Um momento como esse de compartilhar conhecimento, certamente vai gerar benefícios na atuação de todos os profissionais”, avalia.
Envolvimento Coletivo
Inciando a programação técnica , a enfermeira neonatologista e referência da coordenação estadual do método Canguru, Amanda Andrade, fez um resgate histórico da origem do método, na Colômbia, atendendo à uma situação crítica de mortalidade infantil e carência de assistência. Ele versou sobre alguns tópicos, como o tempo mínimo de uma hora e ideal de três horas de contato do recém-nascido com a mãe ou o familiar participante da ação, além da importância da consciência coletiva do corpo funcional sobre a iniciativa.
“Essa é uma ação de extrema importância para justamente oferecer aos demais colaboradores, fora da atenção hospitalar, a compreensão devida do seu papel nesse processo que envolve a mãe, o recém-nascido e a família. Todo esse comprometimento está direcionado para uma construção positiva da sociedade no futuro. Estamos acolhendo, da melhor maneira possível, os futuros cidadãos”, argumenta Amanda.
A coordenadora da unidade Neonatal da MMLN, enfermeira neonatal Monique Cabral, pontuou sobre o ciclo de atendimento a essas puérperas e aos seus filhos que foram acolhidos no método Canguru, cuja lógica de atendimento é diferenciada. “Todos esses bebês e essas “mães canguru” vão necessitar de uma terceira etapa, uma continuação nessa abordagem, com cronograma específico, permanecendo no atendimento especializado aqui na maternidade, obedecendo aos princípios do método que balizou nossa logística”, complementa a coordenadora.
A programação continua, no período da tarde, com os temas “Considerações sobre o desenvolvimento psicoafetivo do recém-nascido”, e “O cuidador e o ambiente de trabalho na Unidade Neonatal”, contextualizando aspectos correlatos ao trabalho especializado.