Fonoaudiologia na Maternidade Lourdes Nogueira tem papel importante para saúde dos bebês

1 de fevereiro de 2024

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A Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN), primeira unidade materno-infantil da rede municipal de Aracaju, já se consolidou como referência em atendimento humanizado. Com pouco mais de 280 dias de funcionamento e mais de 2.690 partos realizados, a maternidade conta com uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. A área da fonoaudiologia tem sido de grande importância no sentido de detectar possíveis problemas com os bebês e também de orientar as mães quanto aos procedimentos de amamentação. Atualmente, quatro fonoaudiólogos atuam na MMLN.

De acordo com a referência técnica da Fonoaudiologia da unidade, Rita de Cássia Henrique dos Santos, dentro do leque de procedimentos realizados pelos fonoaudiólogos está a Triagem Auditiva Neonatal (ou teste da orelhinha) e o teste da linguinha. “Aqui no consultório nós fazemos dois tipos de testes logo quando o bebê nasce. O teste da orelhinha serve para detectar alguma alteração na audição, e o da linguinha, para ver se ele tem algum problema de sucção. Esses problemas, se o bebê tiver, poderão atrapalhar tanto na linguagem quanto na alimentação”, explica.

Esses procedimentos são realizados com todo o cuidado humanizado que as mães e os bebês precisam nesse momento importante, que é o pós-parto. Rita de Cássia explica que, se o teste da orelhinha der alterado, o exame é repetido após 15 dias. Neste caso, se tiver alteração novamente, o profissional faz o encaminhamento para a rede, para que se faça o exame BERA, também conhecido como PEATE (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), com o objetivo de verificar se o bebê apresenta algum distúrbio auditivo.

Amamentação
Para além dos exames da orelhinha e linguinha, os profissionais da fonoaudiologia da MMLN também realizam uma importante ação no sentido de detectar problemas na amamentação e orientar as mães quanto a isso. Um dos primeiros sinais de alerta é a “pega”, na hora da amamentação, quando nota-se que o bebê está com dificuldade na motricidade oral. Segundo o fonoaudiólogo Gabriel Dórea, às vezes alguma paciente se queixa que o bebê está mamando por pouco tempo, ou que mama a cada meia hora.

“O intervalo natural entre uma mamada e outra geralmente é de duas a três horas. Então o bebê que quer mamar o tempo todo é porque não está conseguindo ficar satisfeito ainda. Acontece também de a paciente reclamar que o peito está ficando dolorido. Isso é sinal de que o bebê está fazendo um pouco de força a mais para conseguir sugar o leite. E isso pode se dar por diversos fatores. Pode ser uma língua presa, ou a mãe pode ainda não ter acertado em uma postura correta. A gente analisa a língua do bebê e também conversa com a pediatra para ver se a gente consegue intervir aqui na maternidade”, explicou.

Os fonoaudiólogos, junto ao Posto de Coleta de Leite, também orientam as mães quanto à forma correta de amamentar. Eles também prestam orientações aos outros profissionais da equipe. “Constantemente a gente está fazendo capacitação dos profissionais. Como não estamos aqui o dia todo, mas a equipe de enfermagem fica, a gente está sempre capacitando esses profissionais sobre as alterações que os bebês podem apresentar”, disse Rita de Cássia.

Uma das beneficiadas foi Daiane de Melo Santos Alves, que no dia 21 de janeiro deu à luz a pequena Agatha. “A gente fica mais aliviada, porque os fonoaudiólogos fazem esses testes, que são uma forma de detectar possíveis problemas, então ao sair daqui, a gente não precisa procurar outros meios para fazer esses exames. Eles orientam, ajudam a gente, e nos acalmam para que a gente busque a forma de a amamentação dar certo”, afirmou.