Projeto da unidade ofereceu atendimento mais hábil aos pacientes com feridas crônicas; CAPS Álcool e Drogas Cidade Ademar também apresentou um projeto no Congresso.
A UBS Chácara Santo Antônio foi uma das duas unidades da capital que receberam menção honrosa na 21ª Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios do 38º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), representando São Paulo entre os 42 trabalhos escolhidos de um total de mais de dois mil inscritos. O
projeto, intitulado “Gerenciamento do cuidado de pacientes em tratamento de feridas crônicas na UBS Chácara Santo Antônio”, destaca a importância do olhar integral e humanizado no atendimento a pacientes com feridas crônicas.
Segundo Josiane Melo, gerente da unidade e responsável pelo trabalho juntamente com as enfermeiras Kelly Cristina Sousa e Fabiana Josefa Carvalho, o objetivo principal da iniciativa foi “partilhar a experiência da unidade com o envolvimento de diversos profissionais no cuidado dos usuários, buscando enxergar o usuário além de sua ferida, considerando-o como ser integral com diversas necessidades”. O projeto evidenciou a importância de um acompanhamento contínuo e singular para promover o bem-estar dos pacientes.
Na prática, a iniciativa trouxe resultados significativos para a unidade. De acordo com a gerente, houve um aumento expressivo no engajamento dos profissionais: “O interesse aumentou e alguns deles pediram para ser incluídos na equipe multidisciplinar e começaram a participar diretamente dos planos de cuidado”, conta. O tempo médio de permanência dos pacientes no programa caiu de 780 para 73 dias, evidenciando o impacto positivo do trabalho no cotidiano da UBS e na vida dos usuários.
Além da UBS Chácara Santo Antônio, o CAPS Álcool e Drogas Cidade Ademar também marcou presença no COSEMS/SP deste ano, apresentando o projeto “Akitateno: Economia solidária e democracia participativa em um CAPS Álcool e Drogas periférico”. O trabalho em questão compartilha a experiência da unidade com o Akitateno, programa de geração de trabalho e renda que, por meio da comercialização de artesanatos produzidos pelos próprios usuários da unidade, os reintegra no mercado de trabalho, auxiliando no tratamento da saúde mental e no fortalecimento da autoestima.
De acordo com Maria Carolina de Carvalho, gerente da unidade, o programa é uma forma de combater o preconceito com os usuários: “A gente sabe, através da experiência no CAPS, que conseguir um trabalho é uma das etapas mais difíceis na reabilitação do usuário de substância, porque existem muitos estigmas atrelados a essas pessoas. O Akitateno é uma forma de provar a responsabilidade e o compromisso dos usuários”, comenta.