Arte e emancipação: CAPS III Largo Treze realiza sarau em prol da Luta Antimanicomial

1 de junho de 2025

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Atividade trouxe o protagonismo aos usuários na luta por uma saúde mental construída com afeto e independência.

Na última sexta-feira de maio, o CAPS III Largo Treze foi palco de afeto, cultura e liberdade: usuários e colaboradores se reuniram para uma edição especial do tradicional sarau da unidade, desta vez em celebração ao mês da Luta Antimanicomial. O evento contou com karaokê e uma mostra de produções feitas ao longo de todo o mês, com o intuito de reforçar a importância do cuidado em liberdade e da valorização da expressão e da cidadania dos considerados “loucos”.

Um dos trabalhos apresentados foi a primeira edição da Revista SEJA, resultado de cerca de nove meses de produção na oficina de colagens. O que para uns pode parecer pouco, para outros significa muito: “Graças à revista, eu hoje sei o quanto sou útil, o quanto eu sou importante, diferente do que eu sempre escutei em casa. Hoje eu posso mostrar que eu fui capaz e vou ser capaz de muitas coisas ainda na minha vida. Depois que eu vim para o
CAPS, eu sei o que é amor, carinho, afeição”, desabafa Sol, uma das usuárias integrantes da oficina.

“A luta antimanicomial é um movimento de resistência. Através dela, garantimos o cuidado em liberdade, rompendo com a história de repressão e exclusão vivida por pessoas com sofrimento mental. Com ações como o sarau e as discussões trazidas ao longo do mês, a gente lembra aos nossos usuários que eles têm direito à cidadania, à circulação, à voz. E isso precisa ser vivido, não apenas lembrado”, afirmou Rosy Hellen Mattos, gerente da unidade.