No encontro, foram discutidas expressões racistas ainda presentes na linguagem do dia a dia: uma forma lúdica de entender como o racismo estrutural funciona
O CAPS Adulto Cidade Ademar realizou mais uma edição do Grupo (Res)piro, em um encontro dedicado ao debate sobre o racismo. O grupo se reúne semanalmente para a escuta e o diálogo voltados à saúde mental e às questões sociais que atravessam o cotidiano dos usuários.
Durante a atividade, foram discutidas expressões ainda presentes na linguagem do dia a dia, como “amanhã é dia de branco”, “a coisa está preta”, “nasceu com um pé na cozinha” e “não sou tuas negas”. A reflexão permitiu compreender como frases aparentemente comuns carregam sentidos que reproduzem preconceitos, estigmas e desigualdades históricas.
Iniciativas como essa, segundo Rodrigo Domingues, gerente do CAPS, fortalecem o cuidado em saúde mental e estimulam a consciência crítica dos usuários: “Essas discussões ajudam nossos usuários a refletirem sobre preconceitos presentes na sociedade e a se fortalecerem para enfrentar situações de discriminação. É uma forma de cuidado que vai além do tratamento clínico, alcançando a vida em comunidade”, afirmou.
A proposta buscou sensibilizar os participantes para a necessidade de reconhecer e combater práticas racistas em diferentes contextos, reforçando a importância do respeito, da valorização da diversidade e da construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.



